sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Filme perdido por 85 anos mostra fuzilamento na Bolívia

     O filme mudo, de 17 mudos, exibe registros de uma das passagens mais marcantes da história boliviana no século passado - a execução por fuzilamento, em 1927, de Alfredo Jáuregui, condenado pelo assassinato, dez anos antes, do presidente José Manuel Pando.
     Jáuregui, que tinha 16 anos na época da morte de Pando, teve posteriormente sua culpa questionada. Além dele, outras três pessoas foram condenadas pelo crime, mas a lei da época previa que quando mais de três pessoas eram condenadas por um único crime, apenas um era escolhido, por sorteio, para ser executado.
     A película em estado de decomposição foi encontrada em março, em uma lata sem identificação, pela pesquisadora Carolina Cappa, da Cinemateca Boliviana.
     Cappa já conseguiu restaurar e digitalizar alguns fragmentos, que mostram a importância histórica do filme.

Reputação boliviana

     O filme mostra Jáuregui instantes antes da execução, sorrindo com nervosismo para a câmera.
     Com a presença de autoridades e uma multidão de pessoas comuns em um morro na periferia de La Paz, um pelotão de fuzilamento executa Jáuregui.
     O condenado cai, e então dois sacerdotes se aproximam para rezar sobre seu corpo.
     Com a execução finalizada, o filme mostra então a multidão se dispersando e descendo o morro na direção de volta à cidade.
     O documentário foi o último trabalho do cineasta boliviano Luis del Castillo. Notícias da época indicam que o filme não foi censurado por suas imagens chocantes, mas pelo temor de que fosse visto no exterior e expusesse o sistema judicial do país à crítica internacional.
     Também havia a preocupação, entre a elite boliviana descendente de europeus, pelo fato de que as pessoas mostradas no filme eram em sua maioria homens e mulheres indígenas, o que em sua percepção também mancharia a reputação internacional do país.

Complô

     Jáuregui, que tinha apenas 16 anos quando Pando foi assassinato, se viu envolvido nas maquinações políticas da época.
     O historiador Mariano Baptista Gumucio, autor de um livro chamado A Morte de Pando e a Execução de Jáuregui, contou à BBC que quatro homens da mesma família foram acusados porque Pando morreu na casa deles.
     Na ocasião, eles foram acusados de matar o presidente, fundador do Partido Republicano da Bolívia, como parte de um complô do rival Partido Liberal.
     Mas a versão dos eventos contada pelo tio de Jáuregui, Nestor Villegas, também condenado pelo assassinato, indica uma combinação de má sorte com mau julgamento.
     De acordo com Villegas, Pando passou em sua casa inesperadamente no caminho para La Paz. Eles estavam tomando vinho quando, de repente, o presidente teve um derrame e morreu.
     Tomados pelo pânico e pelo temor de que fossem acusados pela morte, eles enrolaram o corpo em um cobertor e o atiraram de um barranco.
     O corpo foi encontrado, e uma autópsia indicou que ele havia morrido de causas naturais, segundo Gumucio.

Legado

     Mas as conclusões nunca foram divulgadas, e um segundo exame, aparentemente ordenado pelo líder da oposição republicana, Bautista Saavedra, concluiu que Pando havia morrido como resultado de ferimentos infligidos pelos quatro homens.
"Eles foram acusados falsamente por Bautista Saavedra, que usou a morte de Pando como uma desculpa para derrubar o governo liberal e tomar a Presidência", diz Gumucio.
     O legado desses eventos continua a repercutir até os dias de hoje.
     Elda Jáuregui, sobrinha-neta e neta de outros dois homens condenados pelo assassinato, diz que a descoberta do documentário pode ajudar a finalmente provar a inocência dos acusados.
"Nós sofremos muito com o que aconteceu. O filme falará por si próprio", disse.
     Gumucio também diz acreditar que o filme poderá levar a Bolívia a reexaminar seu passado e finalmente aprender a verdade sobre a morte de Pando e a ascensão de Saavedra ao poder.

Fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Sanfoneiro Dominguinhos está internado e respirando com auxílio de aparelhos

     O sanfoneiro Dominguinhos está internado na unidade de terapia intensiva coronária do Hospital Santa Joana em Recife (PE). O hospital informou na tarde de hoje (20), em boletim médico, que o cantor e compositor está sedado e respirando com ajuda de aparelhos.
     O sanfoneiro pernambucano, de 71 anos, foi internado dia 17 com quadro de infecção respiratória e arritmia cardíaca. Segundo o hospital, as próximas 48 horas serão de observação para que os profissionais possam ter um prognóstico completo do estado de Dominguinhos.
Fonte: MSN Notícias

Quase metade dos tablets vendidos no Brasil custa menos de R$ 500

     O mercado brasileiro de tablets é dominado por aparelhos Android que custam menos de 500 reais, de acordo com a consultoria IDC. Os dados contrastam com a dominância mundial do iPad, da Apple, que tem preços a partir de 1.750 reais por aqui.
     Segundo a empresa de pesquisas, que não informa a fatia de participação do iPad por aqui, as vendas de tablets no Brasil cresceram 127% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período em 2011.
     Durante o trimestre, foram comercializados 769 mil tablets no país. Desse total, 46% custam menos de 500 reais e 80% deles usam o sistema operacional Android, do Google, que é aberto e utilizado por diversos fabricantes. Apesar de ser minoria por aqui, o iPad ainda responde por mais da metade do mercado mundial no segmento.
     Apesar de significativo em relação ao ano passado, o número de vendas do terceiro trimestre de 2012 no Brasil é apenas 2% maior do que o registrado nos três meses anteriores pela IDC.
     A expectativa do IDC é que o mercado brasileiro feche o ano com 2,9 milhões de aparelhos vendidos nesse segmento. Para 2013, a previsão é de 5,4 milhões de tablets comercializados.
     Com esse crescimento, o Brasil passou para a décima posição do ranking mundial de tablets – antes era o décimo segundo. Mesmo assim, o mercado local continua muito atrás do líder Estados Unidos, com uma média de 71 tablets vendidos por minutos contra apenas 6 aparelhos comercializados a cada 60 segundos por aqui. Mercados emergentes como Índia, com 7 aparelhos por minuto, Rússia, com 9, e China, com 22, estão todos à frente do Brasil nesse ranking.
Fonte: IDG Now Uol

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Lobisomem de 'Crepúsculo' é preso por urinar em local público

     O ator Bronson Pelletier, que interpretou um lobisomem em quatro filmes da saga “Crepúsculo”, foi detido no aeroporto de Los Angeles, nos Estados Unidos, por volta das 11h30 de terça-feira (18), por urinar em local público, segundo o site TMZ.
     A polícia afirmou ao site que o ator de 25 anos estava embriagado e somente foi liberado ao se recuperar, para embarcar em um próximo voo.
     Duas horas depois, os policiais foram chamados de volta ao local porque o ator estava urinando no portão de embarque e o prenderam por intoxicação pública. Ele foi levado para a cadeia, detido por contravenção e liberado logo depois.
     Na semana passada, Pelletier já havia sido detido em um bar em Hollywood por causar um distúrbio no estabelecimento. Ao revistá-lo, a polícia encontrou cocaína e metanfetamina.
     Pelletier terá que se apresentar ao tribunal no dia 17 de janeiro para responder ao caso.
Fonte: G1 Pop/Arte

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Jair Rodrigues toca hoje em Santa Maria

     Ele já foi boi, já foi rei e agora é cavaleiro de laço firme e braço forte. Sem dúvida, um parágrafo curto de texto para jornal impresso seria pouco para adjetivar Jair Rodrigues. A carreira do cantor e compositor é registrada na vasta lista dos seus 43 discos. Hoje ele vem contar e cantar para o público santa-mariense, na praça Saldanha Marinho, às 21h.
     O show faz parte da programação de Natal da prefeitura, é uma realização do Sesc-RS e é de graça. Em caso de chuva, o show será transferido para o Theatro Treze de Maio e os ingressos poderão ser retirados a partir das 15h, na casa de espetáculos.
     Jair Rodrigues de Oliveira, nasceu em Igarapava (SP) em 1939 e foi criado no interior de São Paulo até se tornar crooner (cantor de boates) na noite de São Carlos. No início dos anos 60, foi para a capital São Paulo tentar o sucesso. Jair Rodrigues ficou mesmo conhecido depois de sua interpretação da música Disparada, no festival da TV Record, em 1966. A partir daí, o cantor é sucesso por onde anda. Seja no Brasil ou no exterior.
     O Diário conversou com o músico por telefone, e ele contou como será o show e fala de sua relação com Elis Regina e com seus filhos, os cantores Jair Oliveira e Luciana Mello.
Diário de Santa Maria _ O show Festa para um Rei Negro é decorrente do CD e DVD especial em comemoração aos seus 50 anos de carreira. Como que o senhor escolhe o repertório dentro de tantos grandes sucessos da carreira?
Jair Rodrigues _ Quando eu vou fazer um show, eu tento fazer um repertório variado. Então, ao mesmo tempo que você ouve eu cantar Disparada, daqui a pouco você ouve eu cantar Tristeza, Deixa Isso pra Lá, Boi da Cara Preta e Majestade o Sabiá. A gente canta tudo referente aos meus já 53 anos de carreira. Não são só as músicas do disco. O título do disco e desse show foi retirado do disco que eu gravei com esse nome que foi o samba enredo, composto pelo Zuzuca, da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro em 1971. Ele me emprestou esse nome e eu achei bonito e seguimos usando pro pessoas identificar mais fácil o nosso show (risos).
Diário _ Mas é difícil selecionar as músicas pro show? Quantas músicas o senhor costuma tocar nas apresentações?
Jair _ Meu irmão, é o seguinte: eu já começo com um pot-pourri com umas dez músicas. De cara (risos), por que eu aprendi uma coisa nesses anos todos de carreira: tem artistas que fala, fala, fala, toca uma música, duas e e aí sempre tem um no meio da plateia que grita: Canta, porra! (muitos risos). Então eu não deixo que isso aconteça e, também, quando o cara pensa em pedir uma música minha, eu já estou tocando.
Diário _ O senhor já conhece Santa Maria? Já tocou aqui?
Jair _ Santa Maria? Eu não sei a sua idade, mas a primeira vez que estive em Santa Maria você não era nascido. Em 1964 eu fiz meu primeiro sucesso (Deixa Isso pra Lá), a gente não vinha só pra fazer um show. A gente ficava aqui 15, 20 dias. Desembarcava em Porto Alegre e fazia diversos shows no interior. Santa Maria mesmo, eu acho que já vim umas... ah já perdi as contas de quantas vezes eu toquei por aí nos anos 60 e 70.
Diário _ Puxando pra outra relação sua com o Estado. Impossível não falar de sua amizade com a Elis Regina...
Jair _ Antes um pouquinho da Elis, eu tinha uma relação com o teu Rio Grande. Porque eu cantava na noite as músicas compostas pelo grandioso Lupicínio (Rodrigues), eu tinha uma grande amizade com o Nelson Gonçalves, com o Tito Madi, aquele compositor que fez "Rio Grande do Suuuuuull, vou me embora tananana", sabe?
Depois de 1964, cantando nos bares do Beco das Garrafas, que era o ponto de encontro dos músicos e artistas na época, no Rio, pra divulgar o Deixa Isso pra Lá, quando eu entrei na boate a Elis estava cantando lá. Não deu tempo de conversar. Daí, no início de 65, no programa Almoço com as Estrelas, da Lolita (Rodrigues), a gente se encontrou. Ela falou assim: "Aquele dia lá eu queria tanto te dizer que sou tua fã e gostaria que tu me desse um autógrafo". Aí eu falei: "Então empatou. Me dá um também, porque eu já estou ouvindo as tuas músicas, parabéns pelo grande festival que você ganhou com a (música) Arrastão. Dia 8 de abril de 1964 eu fui fazer um show e a Elis também estava, e nós nos juntamos e fizemos pot-pourri e gravamos três discos. No ano seguinte, nos chamaram na TV Record para fazer o programa O Fino da Bossa que também ficou três anos no ar. Hoje os pesquisadores dizem que foi o programa musical mais bem feito na história da TV no Brasil. E fora a amizade, sabe, nos tornamos grandes amigos, tinha gente que até falava que nós éramos namorados. Mas, não. Em cima do palco, a gente era tudo. E fora do palco a gente era tudo também, menos namorados (risos).
Diário _ Assistindo seus vídeos desde 1966, eu percebi que suas interpretações, como a de Disparada, até hoje, a gente percebe a mesma energia. Como o senhor se prepara para os shows e para as turnês?
Jair _ Eu nasci no interior paulista, quase na divisa com Minas Gerais, era menino de engenho. Brincava muito, corria pra lá e pra cá, tomava banho de rio pelado, jogava bola. Eu sempre gostei de estar fazendo minha ginástica. Eu corro, eu ando, eu faço sauna. Sabe? Eu gosto de mim. Hoje eu não perco mais meu tempo em noitadas, como era no tempo de crooner. Eu me cuido muito. A maioria dos cantores, com o passar do tempo, vai baixando o tom das músicas. Eu ultimamente tenho aumentado o tom. E como a banda já me conhece não tem problema.
Diário _ E a Deixa Isso pra Lá...
Jair _ Deixa Isso pra Lá e o hit da rapaziada que canta rap. O primeiro rap do mundo foi lançado aqui no Brasil com esse samba. Não pela linguagem, mas pelo jeito que a letra versa sobre o ritmo. Quem me disse isso foi o Herbert Viana em 1987 quando fomos nos apresentar na Suíça. "Cachorrão, você sabe que você é o pai do rap, né?", disse ele pra mim. Eu disse; "Eu sou o pai do Jairzinho e da Luciana, que diabo é isso? Pai do rap...". Aí ele me explicou toda essa coisa.
Diário _ Como foi essa criação do Jairzinho e da Luciana com a música? Eles acabaram se tornando músicos...
Jair _ Assim, quando os artistas levavam as canções lá em casa para eu ver, o Jairzinho era o primeiro a aprender. Ele tinha 5 anos. Aí nós fomos gravar uma música no estúdio e eu esqueci a letra. Gravamos com ele junto e foi um sucesso. Depois fomos cantar num festival na Itália e estourou. Quando voltamos para o Brasil chamaram ele para participar do Balão Mágico. A Luciana, a mesma coisa. Gravamos umas músicas juntos e ela acabou seguindo esse caminho. Meu maior orgulho é que eles tenham seguido esse caminho. Por que daí a gente não se distanciou nunca. Nem eles e nem da minha mulher que é mãe deles e sou casado até hoje. E hoje a gente faz, às vezes, uns shows com os três cantando juntos.
Diário _ E o show aqui em Santa Maria? O que o pessoal pode esperar?
Jair _ O show vai ser uma festa de verdade. Podem contar que eu vou sacudir a praça Saldanha Marinho. É o show do Rei Negro!

Vin Diesel vai interpretar Kojak em filme inspirado na série, diz site

Vin Diesel vai interpretar o protagonista de uma versão para o cinema da série "Kojak", que fez sucesso ao ser exibida pela CBS entre 1973 e 1978. A informação foi publicada nesta segunda-feira (17) pelo Deadline.
De acordo com o site, a Universal – estúdio responsável pelo longa –, contratou Neal Purvis e Robert Wade para escreverem o roteiro. A dupla consta dos créditos de "007 – Skyfall", mais recente aventura de James Bond.
A escolha de Diesel para viver o detetive que tinha predileção por pirulitos revela uma coindência entre ele e Telly Savalas (1992-1994), responsável pelo Kojak original: ambos os atores têm a careca como uma de suas marcas registradas. Ainda de acordo com o Deadline, a estrela da franquia "Velozes e furiosos" vai trabalhar como produtor do próximo "Kojak".
Fonte: G1 Cinema

Primeira fotografia da história é exposta na Alemanha

     "View from the Window at Le Gras", este foi o nome dado para a primeira fotografia da história. A tradução do título faz referência a imagem feita a partir da janela do inventor francês Joseph Nicéphore Niepce em 1826 na cidade de Saint-Loup-de-Varennes, na França. O processo rudimentar usado na época foi considerado como o primeiro a fixar uma imagem.
     A fotografia, de 25 cm de largura, e a placa utilizada como negativo estão em exibição na exposição "O Nascimento da Fotografia", que acontece até 6 de janeiro de 2013 no Reiss-Engelhorn-Museum, em Mannheim, sul da Alemanha.
Fonte: G1 Pop/Arte